Por: Ane Caroline Janiro
O Autismo ou Transtorno Autista, é classificado pelo DSM-V (Manual de Saúde Mental) dentro de um diagnóstico chamadoTEA (Transtornos do Espectro Autista), que inclui também outros transtornos, como o Transtorno Desintegrativo da Infância, Transtorno Generalizado do Desenvolvimento Não-Especificado (PDD-NOS) e Síndrome de Asperger.
Mas o que vem a ser o TEA? – Trata-se de uma condição geral para um grupo de desordens complexas do desenvolvimento cerebral que ocorrem antes, durante ou logo após o nascimento. As principais características são a dificuldade na comunicação e interação social e os comportamentos repetitivos (estereotipados). Estas características estão presentes em todas as pessoas comTEA, mas o grau de intensidade é diferente em cada indivíduo.
Ou seja, estas características podem estar presentes desde o nascimento e serem muito óbvias ou podem ser sutis e se tornarem mais evidentes ao longo do desenvolvimento.
O Autismo é uma condição permanente na vida de uma pessoa, ou seja, ela nasce com autismo e se torna um adulto com autismo.
Em relação ao desenvolvimento intelectual, alguns casos deTEA podem apresentar dificuldades na coordenação motora e atenção, podem estar relacionados também com condições como a Síndrome de Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), a dislexia ou a dispraxia e pode ser que durante a adolescência desenvolvam ansiedade e/oudepressão, o que também não é regra em todos os casos. Como também não serão regras as dificuldades na aprendizagem de atividades escolares e da vida diária. Algumas pessoas com TEA podem apresentar tais dificuldades em maior ou menor grau, ou simplesmente não apresentar. Assim como as sensibilidades sensoriais (como audição, visão, tato, paladar, olfato); Alguns autistas podem apresentar, por exemplo, uma sensibilidade diferente em relação a determinado som, estímulo visual, entre outros.
Há um mito em torno das pessoas com Autismo no que diz respeito à afetividade. Como há um comprometimento da comunicação e interação social, as pessoas com TEA podem ser vistas como pessoas com dificuldades de estabelecer vínculos afetivos. O que ocorre em muitos casos é que para o autista pode haver uma maneira “diferente” de se demonstrar essa afetividade. “Diferente” porque muitas vezes não é a forma como esperamos ou estamos habituados, mas o autista tem sim esta capacidade afetiva.
Causas do Autismo ou TEA:
“O autismo não é um transtorno com uma causa, mas um grupo de transtornos relacionados com muitas causas diferentes” – Autismo: Manual para as Famílias – Autism Speaks
As causas que provocam o Autismo ou TEA ainda são desconhecidas. Acredita-se que haja um fator genético, o que ainda não foi totalmente comprovado. Porém, supõe-se também que os fatores ambientais tenham impacto no desenvolvimento da criança ainda durante a gestação, como stress, infecções, exposições a determinadas substâncias químicas, como medicamentos (antes, durante e após o nascimento) e mesmo fatores ambientais experimentados desde muito cedo pelo indivíduo.
Diagnóstico do Autismo ou TEA:
O diagnóstico é feito por um profissional da área de saúde mental, com base na identificação de determinados padrões de comportamento. Quando os sinais de Autismo, ou TEA, são identificados ou diagnosticados (diagnóstico precoce), deve-se iniciar o quanto antes a intervenção para a aquisição dos repertórios de comunicação, socialização, autonomia e motores, que são fundamentais para o desenvolvimento da criança.
– Uma curiosidade que ajuda a desconstruir alguns mitos é que as pessoas com TEA podem se destacar em habilidades visuais, música, arte e matemática.
– Outras curiosidades:
- A maioria dos autistas tem boas habilidades de aprendizado visual;
- Algumas pessoas com autismo são muito atentas aos detalhes e à exatidão;
- Geralmente possuem capacidade de memória muito acima da média;
- É provável que as informações, rotinas ou processos uma vez aprendidos, sejam retidos;
- Algumas pessoas conseguem concentrar-se na sua área de interesse específico durante muito tempo e podem optar por estudar ou trabalhar em áreas afins;
- A paixão pela rotina pode ser fator favorável na execução de um trabalho;
- Indivíduos com autismo são funcionários leais e de confiança;
Fontes:
DSM-V (Manual de Saúde Mental)
http://autismoerealidade.org/
OBS.: Todo o conteúdo desta e de outras publicações deste site tem função informativa e não terapêutica.
OBS.: Todo o conteúdo desta e de outras publicações deste site tem função informativa e não terapêutica.
Ane Caroline Janiro – Psicóloga clínica, idealizadora e editora do blog http://psicologiaacessivel.net/2014/09/29/o-que-e-autismo/
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