Estratégias para facilitação e desenvolvimento da comunicação e linguagem em crianças com Transtorno do Espectro Do Autismo/TEA

Estimulando a Comunicação

Ofereça novos contextos e situações de comunicação - Situações controladas e repetitivas proporcionam o uso repetitivo das habilidades comunicativas;

Procure equilibrar rotinas conhecidas a fatos novos, como novos objetos e atividades.

Situações muito complexas ou muito inesperadas geram insegurança e ansiedade que podem dificultar a interação;

Situações problemas muitas vezes geram trocas comunicativas efetivas e significativas, favorecendo a interação; (Criança para a música sem querer, Peças do jogo que caem do chão, etc...)

Seja menos diretivo durante a interação, procurar direcionar sua atenção para o foco da criança;

Aproveitar situações naturais para estimular o desenvolvimento da linguagem; (Casa de familiares, entrada e saída da escola, passeios, padaria...)

Inserir a criança em atividades que permitam a troca de turnos comunicativos (minha vez/ sua vez)

Dar espaço comunicativo para que a criança possa ocupá-lo ainda que de forma não verbal.

Nos momentos em que a criança tenta "utilizar o adulto como objeto" deve-se especular o que ela deseja (Você quer que a mamãe abra?) e aguardar algum sinal como vocalizações e contato ocular para então fornecer alguma resposta.

Palavras isoladas - buscar ampliar seus enunciados, oferecendo o modelo e solicitando uma nova produção; 

Faça perguntas que exijam uma escolha. Se a criança já utiliza palavras isoladas solicite uma resposta verbal;

Incentive rotinas sociais (“Dá bom dia pra moça”, “fala tchau pra vovó!”

Faça uso de objetos concretos na frente dele e vá verbalizando o que está fazendo (“Vamos guardar esse jogo”)

Estruture a fala do seu filho (Fala pra ela que nós vamos na casa da vovó!)

Reforce tentativas de comunicação mantendo o contato visual, respondendo com a fala, mostrando que fica feliz quando tenta se comunicar verbalmente. 

Converse durante o banho, alimentação, enquanto o veste. Fale o que está fazendo, onde está indo, o que fará quando chegar e quem e o que você vai ver. 

Identifique cores, conte itens, mostre objetos e ações.

Introduza sons de animais e o associe ao seu significado específico:  “olha o cachorro filho! Au au au".

Comportamentos Difíceis 

    Ao invés de dizer “não pode” ou “não faça isso” diga o que deseja que a     criança faça (“Tira da boca”, “Desce”, “Apaga a Luz”)

• Não demonstre reação aos comportamentos inadequados; Mantenha sua expressão facial e sua voz em um tom neutro; Evite dar a “recompensa” que ela quer. 
• Explique com uma voz calma o que ela deve fazer e o que acontecerá em seguida (Eu sei que você quer brincar de bola, mas primeiro vamos terminar esta atividade);

                                          

 Ecolalia

• Busque interpretar suas intenções a partir das informações contextuais. Se não compreender diga que não entendeu e retome a conversa dando continuidade ao assunto.
• Procure ampliar suas expressões verbais, oferecer novos modelos e sentidos buscando responder aos seus esforços comunicativos;
• Ofereça opções de escolha! Muitas vezes a criança recorre à ecolalia por não saber o que dizer ou como responder à pergunta, solicitação ou comando.
• Ecolalia imediata: retome o turno comunicativo reforçando, complementando ou expandindo a sua fala, dando seguimento à conversação.

                

 Comunicação Suplementar Alternativa

• Os símbolos da CSA são sinais que devem ser interpretados dentro do contexto dialógico promovendo o funcionamento da linguagem e não apenas “decodificação”.
• Organiza rotinas e comportamentos;
• Reduz a frustração e ansiedade, diminuindo comportamentos difíceis;
• Permite à criança dizer o que deseja;
• Favorece a compreensão!

                                        

  Lembre-se:

• A compreensão precede a produção da fala;
• Num primeiro momento a fala da criança depende da fala do adulto.
• A compreensão da linguagem é facilitada pelo contexto social.
• O significado da palavra é construído através das circunstancias nas quais ela é usada;
• O início da intervenção fonoaudiológica deve se dar o mais precocemente possível!!!

fonte: www.fonoemfoco.blogspot.com.br