Os bebês e as crianças interagem permanentemente com o ambiente sonoro que os envolve e com a música, já que ouvir, cantar e dançar são atividades presentes na vida de quase todos os seres humanos. O artigo a seguir trata da importância da interação de bebês e crianças com a música, e como este tema pode ser trabalhado na Educação Infantil.
De acordo com a autora, o trabalho com música na Educação Infantil é prioridade para fortalecer a auto-estima, a socialização infantil, o desenvolvimento da linguagem, o aprimoramento da coordenação motora, o desenvolvimento do gosto e do senso musical e a formação da cultura no ser humano.
A Música e o Desenvolvimento Infantil
Ana Lúcia Dias Graeff
Segundo Brito (2003), os bebês e as crianças interagem permanentemente com o ambiente sonoro que os envolve e, logo, com a música, já que ouvir, cantar e dançar são atividades presentes na vida de quase todos os seres humanos, ainda que de diferentes maneiras. Podemos dizer que o processo de musicalização dos bebês e crianças começa espontaneamente, de forma intuitiva, por meio do contato com toda a variedade de sons do cotidiano, incluindo aí a presença da música. Nesse sentido, as cantigas de ninar, as canções de roda, as parlendas e todo o tipo de jogo musical têm grande importância, pois é por meio das interações que se estabelecem que os bebês desenvolvem um repertório que lhes permitirá comunicar-se pelos sons; os momentos de troca e comunicação sonoro musicais favorecem o desenvolvimento afetivo e cognitivo, bem como a criação de vínculos fortes tanto com os adultos quanto com a música. Portanto, o trabalho com a música deve respeitar o modo de perceber e sentir em cada fase do conhecimento infantil, contribuindo para que a construção do conhecimento dessa linguagem ocorra de modo significativo.
A realização musical também é gesto e movimento vibratório: o corpo traduz em movimento os diferentes sons que percebe (RCNEI, 1998). Por isso, através de atividades musicais as crianças podem sentir no seu corpo a vibração das músicas rápidas e lentas, percebendo, assim, o ritmo. Segundo Weigel (1988), o ritmo tem um papel importante na formação e equilíbrio do sistema nervoso. Isto porque toda expressão musical ativa age sobre a mente, favorecendo a descarga emocional e a reação motora. Além disso, todo movimento adaptado a um ritmo é resultado de um conjunto completo de atividades coordenadas, dando maior agilidade e precisão aos movimentos da criança. As experiências musicais ajudam a criança a controlar melhor o seu corpo, aprimorando a coordenação motora ampla (grandes movimentos) e fina (pequenos movimentos). O modo como as crianças percebem, apreendem e se relacionam com os sons no tempo-espaço revela como elas percebem, aprendem e se relacionam com o mundo que vêm explorando e descobrindo a cada dia (Brito, 2003).
A música representa uma importante fonte de estímulos, equilíbrio e felicidade para as crianças. Portanto, o trabalho com música na educação infantil é prioridade para fortalecer a auto-estima, a socialização infantil, o desenvolvimento da linguagem, a aprimoração da coordenação motora, o desenvolvimento do gosto e do senso musical e a formação da cultura no ser humano.
Referências: - Os sentidos do bebê – Edição Especial da Revista Mãe, 2009. - BRITO, Teca Alencar de. Música na educação infantil. São Paulo: Peirópolis, 2003. - Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI). Vol. 3. Ministério da Educação e do Desporto. Brasília: MEZ/SEF, 1998. - WEIGEL, Anna Maria Gonçalves. Brincando de música. Porto Alegre: Kuarup, 1988.
fonte:http://www.radardaprimeirainfancia.org.br/musica-e-o-desenvolvimento-infantil/
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