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Mostrando postagens de julho, 2015

Música e integração sensorial

Estimular o desenvolvimento com bambolê Tive um menino que tinha hipo sensibilidade vestibular, não tinha senso gravitacional, equilíbrio, etc. Além de hiper sensibilidade auditiva a determinados sons. Quando ouvia uma determinada música girava sem parar, e não sentia tontura. Isso foi bem no início da minha carreira profissional. Pensava comigo: como que numa aula de música posso ajudar esta criança? Tocar instrumento ou cantar, ele pedia para parar, quando colocava uma música no rádio, girava sem parar. Até que, um dia peguei o bambolê e comecei a brincar com ele. Quando o bambolê caia no chão o movimento deveria parar. E olha que funcionou. Ao girar ele recebia o estímulo (a sensação) que buscava, mas quando o bambolê caia no chão, seu corpo finalmente conseguia perceber e se acomodar apropriadamente. No passo seguinte, foi introduzir a bola com ritmo musical (sentar na bola, quicando dentro da marcação rítmica proposta, cantando uma canção). Isso fez com que passasse a

OS BENEFÍCIOS DA MÚSICA PARA CRIANÇAS

Sons e ritmos têm, comprovadamente, o efeito de aumentar a concentração e a capacidade de planejamento das ações da criança. Veja como os estímulos musicais podem contribuir para o desenvolvimento mental dos pequenos Texto: Cristina Almeida / Foto: Shutterstock / Adaptação: Clara Ribeiro   Em entrevista, especialista fala sobre os benefícios da musicoterapia para os pequenos Foto: Shutterstock Todos somos seres musicais, capazes de identificar e codificar uma série de  sons , timbres, contornos melódicos, harmonias e ritmos. Ouvir música é uma atividade que requer o bom funcionamento dos sistemas  auditivo  e nervoso, o que faz dessa experiência algo não só mecânico, mas também sensorial: a música nos emociona, acalma, estimula e ajuda a sincronizar o trabalho e as atividades de lazer. Apesar da intensa relação existente entre os seres humanos e a  música , somente a partir dos anos 1980, a Neurociência, ramo da medicina que estuda o comportamento, o processo de apren

Crianças autistas têm dificuldade de passar por tratamento adequado no Brasil

Mães de crianças com transtorno do espectro autista no Brasil se organizam para suprir a carência  do Estado e criar instituições de tratamento. O objetivo é evitar que seus filhos se isolem mais e percam  por completo a capacidade de se comunicar V ictor tinha dois anos quando começou a ter dificuldade de falar e passou a ter longas crises nervosas ao ser contrariado. Parecia birra, mas com um nível maior de estresse. Adriana Godoy, sua mãe, levou-o a um grupo de psicólogos, que o exami­nou durante seis meses, sem chegar a um diagnóstico. Ela então pesquisou no Google “criança dificuldade fala”. O terceiro link era uma página sobre autismo, com uma lista de características típicas. O site dizia que a criança era autista se tivesse três dessas particularidades. Victor tinha todas. Adriana imprimiu a lista e entregou ao marido. “Quem você vê aí?”, ela perguntou. Era óbvio. Depois de  três anos para conseguir o diagnóstico , veio uma  fila de espera de dois anos para uma te

Estudar música na adolescência estimula a linguagem e a audição

Pesquisadores americanos avaliaram alunos do ensino médio que praticavam música de duas a três horas por semana O aprendizado de música durante a juventude pode trazer benefícios ao cérebro  (iStockphoto/Getty Images) Ter uma formação musical durante a adolescência estimula regiões do cérebro associadas à audição e à linguagem. É o que revela o novo estudo da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences. Até poucos anos atrás acreditava-se que o cérebro era influenciado pela música de tal forma apenas durante a infância -- dos 3 aos 10 anos, especificamente. Ou seja, dificilmente a música surtiria grandes efeitos depois disso. Os pesquisadores da Universidade Northwestern avaliaram um grupos de 40 adolescentes americanos do ensino médio, ao longo de três anos. Metade da turma estava envolvida em atividades escolares musicais - eles praticavam diversos instrumentos musicais na banda do colégio,

Alzheimer não afeta a memória musical, indica estudo

Neurônio sob o efeito da proteína beta-amiloide, que gera as chamadas placas de senilidade, que, acredita-se, seriam as principais causas do Alzheimer A área do cérebro que abriga as recordações musicais é menos prejudicada pela doença Sem saber muito bem por quê, a música é uma das poucas armas que os terapeutas têm para enfrentar o avanço do mal de Alzheimer. Apesar da devastação que essa doença provoca no cérebro e, em particular, na memória, grande parte dos doentes conserva suas recordações musicais mesmo nas fases mais avançadas. Agora, um estudo indica as possíveis causas desse fenômeno: guardamos a música em áreas cerebrais diferentes das demais lembranças. O lobo temporal, a parte do cérebro que vai da fronte até a área posterior do ouvido, é, entre outras coisas, a discoteca dos humanos. Ali se administra nossa memória auditiva, incluindo as canções. Estudos com vítimas de lesão cerebral apoiam a ideia de que guardamos a música em uma rede concentrada nessa zona

Música ajuda na coordenação motora de bebês

Na verdade, qualquer som produzido por aparelhos, brinquedos e voz podem ajudar não apenas os bebês a se movimentarem, como facilita na linguagem. Um bebê ao levar a mão ou qualquer objeto à boca já está automaticamente desenvolvendo habilidades psicomotoras, ou seja, a natureza se encarrega do estímulo. Porém, há crianças (que por algum motivo relacionado à problemas neurológicos ou do desenvolvimento geral) ficam defasadas e precisam de estímulo externo. Os primeiros anos de vida são importantes para o bebê reconhecer os pais. A sonoridade, ritmo, melodia e harmonia que compõem os tons de voz familiares são outra forma dele, que ainda não enxerga ou percebe. E assim começa a educação musical que, quando aprofundada, ajuda as crianças a serem mais espertas, saudáveis e capazes de entender melhor o mundo. Nos primeiros anos de vida, as crianças reconhecem mãe e pai pelo som e pelo cheiro. As diferentes nuances da voz e dos silêncios são música para o bebê. O que nem todos sabem