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Música na Infância - O que uma criança de menos de dois anos de idade pode aprender em relação à música, se ainda mal sabe falar?

Imagine uma professora de música dando aula para crianças de… um ano e meio, por exemplo. Achou estranho? Inútil?
O que uma criança de menos de dois anos de idade pode aprender em relação à música, se ainda mal sabe falar?
Bom, aulas desse tipo acontecem em diversas escolas que apostaram que o contato com a música pode ser muito benéfico no desenvolvimento das crianças. O objetivo das aulas para crianças dessa idade não é, claro, ensinar técnicas vocais, mas sim desenvolver prematuramente a musicalização. Acredite: os pais relatam que as crianças vivem cantarolando trechos das musiquinhas que ouviram na escola quando estão em casa!
Há diversos estudos que apontam que ouvir música na gravidez e depois proporcionar ao seu filho o contato com músicas faz com que ele desenvolva mais a sua inteligência. Ou seja: pode-se dizer que crianças que ouvem música são mais inteligentes. Isso porque música e aprendizado caminham juntos no período da infância.
Agora, imagina o benefício para aquelas crianças que não apenas ouvem música, mas também estudam música?
O ganho é imensurável. Crianças que estudam música raciocinam melhor, o que as ajuda na área de exatas, e também têm maior desenvolvimento verbal, o que auxilia tanto no aprendizado de línguas maternas como no de línguas estrangeiras. E não é só isso: há estudos que indicam que a música também auxilia os pequenos em quadros de doenças psicológicas, como a depressão, e físicas, como a sensação de dor, por exemplo.
Outros estudos, por sua vez, demonstram que pessoas ligadas intimamente à música são muito menos estressadas, e que crianças que estudam música apresentam melhora na concentração.
Mas afinal, qual é a idade ideal para uma criança começar a aprender um instrumento musical?
Segundo os especialistas, entre os 4 e os 6 anos já é possível realizar a iniciação de uma criança no aprendizado de um instrumento. Nessa fase, geralmente é feito um trabalho de observação dos sons da natureza e reprodução dos mesmos com diferentes técnicas musicais.
Apesar de todos os efeitos colaterais altamente positivos que a música proporciona, não podemos esquecer dos benefícios da música em si: a experiência que a música, como forma de arte, proporciona para quem a aprecia ou estuda; o efeito humanizador que existe em conhecer um bom repertório, participar de um coral ou um grupo musical, e todos os aspectos culturais envolvidos nesse processo.
Você não precisa usar a música como um meio para atingir um fim que está fora dela, para que o estudo da música seja útil ou aprazível. A música, em si mesma, é maravilhosa,e o cidadão que a pratica tem tudo para ser, também.
Infelizmente, poucas escolas no Brasil proporcionam esse conhecimento aos seus alunos e, quando o fazem, geralmente a música não é parte da grade obrigatória, mas sim uma atividade extracurricular, entre tantas outras possíveis.
Infelizmente, recorrer a cursos livres específicos para crianças ainda parece ser a única saída para quem quer que seu filho tenha contato com o aprendizado musical desde cedo, aqui no país do futebol.

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Quero colocar meu filho na aula de música, onde ponho?

Esta é uma pergunta que recebo com frequência de vários pais que desejam colocar seus filhos em uma aula de música. 
Uma aula de música não é a mesma coisa que uma natação ou um judô por exemplo. A questão é um pouco mais complexa, não que estes esportes citados não sejam importantes ou complexos, mas porque a cultura esportiva é bastante abrangente e disponibiliza muitos conteúdos, técnicas, escolas, profissionais capacitados para sua implementação.
Não quero também indicar que não existe conteúdo para musicalizar nossas crianças, mas sim admitir que a possibilidade de acesso é bastante escassa.
Vários fatores explanam esta infeliz realidade:
-Os melhores conteúdos para musicalização são de outros países. Para implementá-los em nosso país na maioria das vezes precisamos de algumas adaptações culturais;
-Geralmente os conteúdos estrangeiros, não basta lê-los e pronto. Precisamos de alguns conhecimentos musicais prévios para entendê-los e principalmente para aplicá-los;
-Existem bons conteúdos em nosso país, mas poucos tem acesso.
-As escolas de músicas preparadas para atender o público infantil, em sua grande maioria estão nos grandes centros: capitais e cidades com mais potenciais culturais;
-Encontrar um professor de música que possua acuidade para ensinar crianças não é tão fácil, existe, mas não é tão fácil. Dar aula para um adolescente, jovem ou adulto não é a mesma coisa que dar aula para uma criança, por isso não basta dizer: Sou formado em música, ou tenho muitos alunos que são criança”, o degrau é mais em cima.

Então, qual é minha resposta? 

Primeiramente sempre digo que não é uma tarefa das mais fáceis, é quase que procurar uma agulha no palheiro, sem exageros. Mas por outro lado dou dicas importantes para que seus filhos iniciem neste processo, mesmo ciente que a maioria não irão aplicar.
Sempre digo que musicalizar uma criança é fazer com que ela tenha contato com a música de diversas formas, que já mencionei em outros posts:
Brincadeiras, ouvir boas músicas, levá-las a bons eventos culturais, ter alguns instrumentos para o contato, etc…
É um processo complexo e muito pessoal, ou seja, cada criança corresponde de uma maneira particular.
Nestes últimos 7 anos tenho estudado e pesquisado possibilidades de musicalizar as crianças, muito mais do que estudar e pesquisar, tenho colocado em prática estes conteúdos.
Como trabalho com crianças a mais de 10 anos, tenho feito várias experiências nesta área, onde muitas tenho obtido resultados impressionantes, outras nem tanto e claro, algumas não deram certo, mas a maioria das experiências obtive sucesso.
Como mencionei acima, é preciso experimentar e adaptar, mas também saber o que está fazendo. Descobri que a melhor fase para se aprender música é na infância, não importa a idade! 
A grande questão é: Como realizar e obter resultados?
mÚSICA

Cada dia que passa fico abismado como o Brasil é um país sem cultura musical.

Quando mencionamos isto, não referimos somente aos locais mais precários e incultos do país, mas atribuo à todas as esferas possíveis que perpassam nossa nação. 
Para se ter ideia, um dos locais mais agredidos por esta  falta de cultura é a escola, onde deveria ser uma fonte de cultura. Vou mais além, esta falta de cultura não é somente dos alunos, mas também dos educadores, gestores, administradores.
Parece que é algo que está no cerne dos cidadãos. Os poucos que contrastam com esta bizarra situação parecem alienígenas que destoam do resto da população.
Existem várias culturas no mundo, onde a criança desde cedo tem o contato com a música, não como um entretenimento nem como um possível profissional da música, mas como uma disciplina que colabora no processo de aprendizagem do indivíduo.
Aqui a realidade é outra, não querem ou não são capazes de enxergar esta probabilidade. Tentaram inserir a obrigatoriedade da música na escola, mas não vingou e não vingará tão cedo. Não é uma visão pessimista, mas realista.
Então, a alternativa que temos é aprender músicas por meios não convencionais, ou seja, sem o auxílio da escola e do governo. Um dos meus desafios com este blog é colaborar insistentemente com este propósito: apresentar possibilidades de musicalizar as crianças.

Por que seu filho precisa estudar música?

1) A música desenvolve a Inteligência.
2)Trabalha a Coordenação Motora e a Psicomotricidade
3)Desenvolve o ritmo da criança
4)Potencializa a criatividade
5)Aguça os sentidos
6)Desenvolve a integridade
7)Desenvolve o senso crítico
Etc…
Sabemos que a música como outros estudos desenvolve variações diferentes com crianças diferentes, pois cada uma possui suas particularidades, suas habilidades e dificuldades.
Nossa intenção é contribuir para um maior número de crianças possíveis, pois acreditamos que a música tem um grande potencial para desenvolver grandes habilidades.
Este não é um projeto inovador, que ninguém conhece, mas sim um desígnio que visa favorecer as crianças que não tiveram e não tem a oportunidade de estudar música na escola ou em casa de forma eficaz.
Nem toda “aula” de música, mesmo que tenha esta nomenclatura, pode ser considerada como tal. Uma real aula de música precisa conter os desenvolvimentos que mencionei acima: Inteligência Musical, Coordenação Motora, Psicomotricidade, etc…

fonte: http://musicaplena.com/musica-na-infancia-4/

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