Atualmente as
crianças parecem se interessar apenas pelos jogos e brinquedos
eletrônicos, deixando de lado o mundo mágico dos livros e da
música, mas sabemos que atividades que envolvem tanto a literatura
como a música, são extremamente fundamentais na exploração da
fantasia e da imaginação.
Atualmente as
crianças parecem se interessar apenas pelos jogos e brinquedos
eletrônicos, deixando de lado o mundo mágico dos livros e da
música, mas sabemos que atividades que envolvem tanto a literatura
como a música, são extremamente fundamentais na exploração da
fantasia e da imaginação.
A educação não
formal
Na educação não
formal, os espaços educativos são localizados em territórios que
acompanham a vida dos grupos e indivíduos, em locais informais e
fora das escolas. A participação é optativa, acontece a partir das
preferências e gostos dos sujeitos. O modo de educar é voltado para
os interesses e necessidades dos participantes. A educação não
formal é aquela que se aprende no mundo da vida, via processos de
compartilhamento de experiências, principalmente em espaços e ações
coletiva cotidianas, afirma Gonh (2006). Enquanto a educação
informal tem a função de socializar o indivíduo, desenvolver
hábitos, atitudes, comportamentos, formas de pensar de acordo com os
valores e crenças de grupos que dela participam. A educação não
formal fundamenta-se no critério de solidariedade e identificação
de interesses comuns e é parte do processo de construção da
cidadania coletiva do grupo. Assim, os conhecimentos são produzidos
considerando os modos de agir em grupo, o resgate de sentimento de
autovalorização, a percepção da vida e suas adversidades, o
aprendizado e a compreensão do mundo no contexto em que vivem.
Diferente da educação formal, que tem objetivos relativos ao ensino
e a aprendizagem, de conteúdos sistematizados, normatizados por lei,
busca formar indivíduos ativos, desenvolver habilidades e
competências cidadãs.
Podemos afirmar,
segundo as ideias de Gonh (2006), que o método na educação não
formal nasce da problematização da vida cotidiana, os conteúdos
são gerados a partir dos temas que se colocam como necessidade,
desafios do grupo, ou seja, os caminhos metodológicos são
construídos ou reconstruídos de acordo com os acontecimentos,
considerando o ser humano como um todo. Ela se diferencia de outras
propostas educacionais, como por exemplo, a educação social que
objetiva, na maioria das vezes, inserir os indivíduos no mercado de
trabalho.
A literatura e a
música como instrumentos de aprendizagem
A literatura e a
música são caminhos que levam a criança a desenvolver a imaginação
e a fantasia de forma prazerosa e significativa. Elas contribuem no
desenvolvimento social, emocional e cognitivo da criança.
O hábito de leitura
pode influenciar de maneira positiva na formação de um indivíduo
crítico, responsável e atuante na sociedade. De acordo com Bakhtin
(1992), a literatura infantil é um instrumento motivador e
desafiador, capaz de transformar o indivíduo em um sujeito ativo,
responsável pela sua aprendizagem, que sabe compreender o contexto
em que vive e modificá-lo de acordo com sua necessidade. As crianças
quando ouvem as histórias, aprimoram a sua capacidade de imaginação,
já que ouvi-las pode estimular a pensar, escrever, ler, criar,
recriar.
Neste mundo de
tecnologias, de informações, a criança que não tiver a
oportunidade de suscitar seu imaginário, poderá no futuro, ser um
indivíduo sem criticidade, pouco criativo, sem condições para
compreender a sua própria realidade … é muito importante contar
histórias para as crianças desde pequenas para adquirirem o gosto
pela atividade. Ao ouvirem histórias, por meio de identificação de
personagens, compreendem situações desagradáveis, resolvem
conflitos e desenvolvem a linguagem.
Quando as crianças ouvem
histórias, passam a visualizar de forma mais clara, sentimentos que
tem em relação ao mundo. As histórias trabalham problemas
existenciais típicos da infância, como medos, sentimentos de
inveja, carinho, curiosidade, dor, perda, entre outros.
Assim, quanto mais
cedo a criança tiver contato com os livros e perceber o prazer que a
leitura produz, maior será
a probabilidade dela tornar-se um adulto leitor. Da mesma forma,
através da leitura, a criança adquire uma postura
crítico-reflexivo, extremamente relevante à sua formação
cognitiva.
A música por sua
vez, também, é um rico instrumento na formação cognitiva.
Desperta o indivíduo para um mundo prazeroso, mobiliza pensamentos,
movimentos corporais, aprendizagem, socialização. De acordo com
Weigel (1988, apud. Hoffman e Silva, 1995, p.60) atividades musicais
coletivas favorecem a autoestima, bem como a socialização infantil,
pelo ambiente de compreensão, participação e cooperação que pode
proporcionar. Quando bem trabalhada desenvolve o raciocínio, a
criatividade, a afetividade, a motricidade e a sensorialidade.
Segundo Ducorneau (1984), para que a criança aprenda a escutar bem,
é necessário fazer experiências sonoras com as qualidades do som
como o timbre, a altura e a intensidade.
A educação musical
favorece o desenvolvimento emocional, afetivo e cognitivo. Também,
coordenação motora, acuidade visual e auditiva, bem como memória,
atenção, criatividade e capacidade de comunicação.
Toda e qualquer
música cantada propõe evocar, pensar, criar meios próprios de
expressão, para representar o movimento interior de compreensão de
situações vivenciadas. Para Gainza (1988), a música é um elemento
de fundamental importância na transformação e o desenvolvimento
dos indivíduos.
Percebe-se que a
música e a literatura são instrumentos facilitadores do processo do
ensino-aprendizagem, portanto é importante que o professor crie
situações onde os alunos possam desenvolver atividades que explorem
a imaginação, emoção e habilidades, de uma forma prazerosa e
significativa.
Este texto é parte
do artigo de Gisele Pereira Anelo e Anilda Machado de
Souza. Publicado na Re v i s t a e - P e d – F A C O S / C N
E C O s ó r i o V o l . 2 – N º 1 – A G O / 2 0 1 2 – I S S N
2 2 3 7 - 7 0 7 7 com o título de Aprendizagem no espaço não
escolar.
Se você quiser
conhecer o artigo na íntegra, clique aqui:
http://facos.edu.br/publicacoes/revistas/e-ped/agosto_2012/pdf/aprendizagem_no_espaco_nao_escolar.pdf
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